As Bolsas em Julho de 2011
Os índices bolsistas dos EUA terminaram Julho registando perdas mensais.
O Dow Jones terminou nos 12.143 pontos, uma perda de 2,2% no mês, o seu terceiro mês de quedas consecutivas.
O Standard & Poors 500 fechou nos 1.292 pontos, uma desvalorização mensal de 2,2%.
O Nasdaq Composite encerrou nos 2.756 pontos, caindo 3,6% no mês.
O PSI-20 terminou Julho nos 6.983 pontos. A praça portuguesa acumulou uma queda de 5,87% no mês de Julho e já perdeu 9,16% desde o início do ano.

Os bancos centrais estão a deixar de aguentar as taxas de juro que reduziram aos minimos de décadas para tentar enfrentar a crise. A Reserva Federal Americana, tem a taxa dos fundos federais nos 0,25% e o BCE tem a taxa de juro em 1,50% e já começou a subir as taxas. Segundo a minha análise a margem de manobra nas taxas está esgotada, a partir daqui a tendência é de subida que já teve início na UE.



The Big Picture - Agosto 2011
Os índices bolsistas americanos cairam em Julho. O ouro valorizou para novos máximos de sempre acima dos $1.600 por onça e a prata subiu fortemente. O dólar caiu e o crude west texas ficou por volta dos $95.

O que assistimos nas últimas semanas foi a um teatro político na América. Pouco teve a ver com o orçamento e tudo teve a ver com os poderes políticos.
Com o acordo do aumento do tecto da dívida nos EUA tudo ficou bem, certo? Errado!
A dívida dos EUA é só uma das métricas da condição financeira do país, apenas inclui uma fracção das responsabilidades de toda a nação e representa o passado. Uma análise bem feita com projecções de receitas e despesas durante a próxima geração revelaria o verdadeiro colapso que está para vir e que é bem pior do que alguns republicanos e democratas apontam.
As verdadeiras ameaças à saúde económica dos EUA começam a ter impacto forte na segunda metade desta década -> o disparar das despesas com saúde, juntamente com o envelhecimento da população que converte uma geração de contribuintes numa geração desproporcional de beneficiários.
A palavra insustentável é aqui um eufemismo.

Há pouca vontade em fazer cortes na despesa.
Hoje em dia o dinheiro para o futuro é gasto, pouco se poupa e o consumo é esticado. O problema criado tem um nome e chama-se inflação. E continua a ser alimentado, estando a caminhar rapidamente para a hiperinflação.
O dinheiro necessário para que a economia cresça é gasto e não investido. Se olharmos para as taxas de juro e para a inflação é visivel que não vale a pena poupar, no sentido em que a poupança não é remunerada em termos reais.
O dólar americano já perdeu mais de 98% do seu valor desde a criação da Reserva Federal Americana (Fed) em 1913 e os americanos já não conseguem pagar a sua dívida que sobe todos os dias. Até a agora têm conseguido pagar os juros dessa dívida, à custa de mais crédito. Mas como se está a descobrir na Europa, isso acaba um dia.
Entretanto a transferência massiva de riqueza para o sector financeiro continua. Apenas entre 2008 e Julho de 2010 foram injetados $16,1 triliões no sector bancário mundial.
Quatro bancos americanos receberam $7,75 triliões, por acaso até são accionistas da Fed, o resto foi para instituições financeiras internacionais. Os quatro são Bank of America, Morgan Stanley, Citigroup e Merrill Lynch.
As instituições internacionais são Barclays UK $868 biliões; Bear Stearns $853 biliões; Goldman Sachs $814 biliões; Royal Bank of Scotland $541 e $181 biliões, um total de $722 biliões; Credit Suisse of Switzerland $262 biliões; Lehman Bros. $183 biliões e BNP Paribas of France $175 biliões.
A inflação real já é superior a 10%.
Os governos e bancos centrais ocidentais não têm planos de contingência para situações de incumprimento, vão inventando pelo caminho, com os resultados que se estão a ver.

Na Europa, parece estar a terminar a primeira onda de problemas europeus. O 2º programa de resgate para a Grécia ainda não foi aprovado pela UE e os alemães estão furiosos com o negócio. Se for aprovado este será o último resgate grego. Segue-se a falência. A Grécia é uma pequena parte da UE mas pode ser o catalizador do fim do euro. O incumprimento da Grécia está a meses de ocorrer, no máximo a 18 meses de distância, mas é certo. De lá só temos visto greves e mais caos. Só a dívida gregar representa à volta de $500 biliões e pode derrubar o sistema financeiro europeu, e com isso levar ao incumprimento de Inglaterra e dos EUA.

É difícil fazer projeções para o futuro, porque não sabemos onde irão as taxas de juro. É provável que subam e bastante, vai chegar o momento em que face à inflação fora de controlo, será impossível manter as taxas de juro em niveis historicamente baixos como estão. Já estamos a assistir ao levantar de algumas taxas de inflação oficiais, como em Portugal.


Fonte: peterlbrandt.com
Os próximos anos vão ser bons para quem tem metais preciosos. Segundo a minha análise, a médio e longo prazo, o ouro e a prata vão continuar a valorizar. No curto prazo poderemos assistir a algumas correções.
O Forex em Julho de 2011

Em Julho o indíce do dólar americano, que representa um cabaz de seis moedas, fechou a cair 0,6% no mês, ficando por volta dos 73,84 pontos.
O Euro terminou por volta dos $1,4380. A moeda da União Europeia, registou uma desvalorização em Julho de 0,8% face à moeda verde.
Contra o iene japonês o dólar fechou em Julho por volta dos ¥76,93, muito perto dos seus mínimos do anos nos ¥76.25 no dia 17 de Março. O dólar perdeu 4% face ao iene, no mês.
A moeda americana está em declínio e nos próximos anos vai deixar de ser a moeda de referência mundial. O indíce do dólar está por volta dos 74 pontos. Segundo a minha análise a tendência de queda a médio e longo prazo mantem-se.

Mais informações sobre os mercados cambiais em: Colapso do Dólar
Dólar Americano: Fundo semelhante a 2008
Metais Preciosos em Julho 2011

O Ouro e a Prata fecharam Julho com fortes subidas.
O Cobre para entrega em Setembro fechou nos $4,48 por libra, fechando o mês a subir 4,7%.

O Paládio para entrega em Setembro, fechou nos $827,70 por onça, avançou 8,8% em Julho.

A Platina para entrega em Outubro, fechou nos $1785,30 por onça. Valorizou 3,4% no mês.

Os metais preciosos podem pontualmente assustar os investidores tanto como entusiasmam, mas segundo a minha análise a tendência de médio e longo prazo é de subida.
Mais informação sobre o Ouro e Prata em: Entrevista GATA
O contrato de Ouro para entrega em Dezembro na divisão Comex da New York Mercantile Exchange, terminou o mês nos $1.631,20 por onça. Após ter atingido um novo máximo de sempre nos $1.637,50. Os futuros acabaram a ganhar 8,5% no mês ou $128,40.
A minha análise aponta para o Ouro acima dos $2000 por onça nos próximos 12 meses. Quando este nivel for ultrapassado o Ouro poderá dirigir-se a médio prazo para cima dos $3000 por onça.

Mais informações sobre a ascensão do Ouro em: Venderam-se os Anéis
A Prata para entrega em Setembro, terminou nos $40,11 por onça. Disparou 15% no mês.
A minha análise aponta para a Prata acima dos $60 por onça nos próximos 12 meses. Quando este nivel for ultrapassado a Prata irá dirigir-se no médio prazo para cima dos $90 por onça.

Mais informações sobre a ascensão da Prata em: A Prata vai ser Ouro
A Energia em Julho de 2011

O preço do Petróleo crude West Texas na New York Mercantile Exchange para entrega em Setembro fechou o mês nos $95,70 por barril. Em Julho perdeu 0,3%.
Segundo a minha análise nos próximos 18 meses podem ser atingidos novos máximos de sempre no Petróleo, com os media a finalmente reconhecerem o Peak Oil. O crude está numa tendência de subida a médio e longo prazo.

O contrato de Gás Natural para entrega em Setembro fechou nos $4,15 por milhões de BTUs (British Thermal Units) na Nymex. No mês fechou a cair 5%.
Segundo a minha análise a médio e longo prazo a tendência do Gás Natural é de subida.

Petróleo: Crescimento da Procura Mundial

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